terça-feira, 16 de setembro de 2008

As Eleições Municipais, a Internet e a Justiça.

Recebi de um grande amigo um link de um artigo publicado no site Consultor Jurídico sobre a participação dos candidatos nas eleições de outubro. O artigo se chama “Confusão Eleitoral”, veja: http://www.conjur.com.br/static/text/69817,1

Um velho ditado chinês diz diante de algum acontecimento inesperado que “Pode ser bom, pode ser mau”. Parece este o caso da Justiça brasileira diante da Internet. Em primeira mão fica bastante curioso o fato de constatarmos uma manifestação federativa de nossa Justiça; cada Tribunal Regional se pronuncia e decide de maneira isolada e “própria”. Na verdade, todos tendo a certeza que enviando um emaranhado de posições diferentes ao TSE, todos estarão beneficiados pelo prazo. Quando o órgão superior se pronunciar, as eleições já terão ocorrido e o velho impedimento conseguido. Aí surge o primeiro pepino formal: será que para cada um dos candidatos também não valerá o efeito prazo?
Digamos que sou um simples candidato a Vereador de minha cidade e passo o tempo todo, com vários personagens “fakes” identidades virtuais falsas, atacando todos os demais candidatos que podem deslocar meus votos. Faço isto em diversos sites de relacionamento e ainda crio um site de denúncias com IP na Alemanha, etc. E aí senhores juízes, o que fazer?
A Internet é a fiel depositária de todo o saber humano, com ele toda a perversidade também está lá. Não adianta tentar regulamentar o que não pode nem poderá ser regulado. A rede é a nova sociedade apontando para novas formas de comportamento ético em cada um de seus nós, ou seja, cada indivíduo digital. Sem nos esquecermos de que a Geografia tem seus dias contados nesta nova sociedade. Valerão cada dia mais as comunidades humanas, demografias que lá se manifestam e lutam por seus interesses.
Fica fortemente patético que uma Toga queira impedir o que não é possível.
Mais que patético, a dramaticidade apontada no artigo citado que compara o fato do Tribunal Eleitoral brasileiro ser o órgão responsável pelo sistema de votação e apuração mais avançados do mundo contemporâneo, eh eh. Que fazer se nossa Justiça de velho mundo só entende de regular o impedimento?
No caso das redes tecnológicas a sabedoria do velho ditado chinês vai com certeza apontar para tudo que pode ser bom na nova sociedade.
Se eu fosse advogado diria para cada cliente candidato: - “Todo Poder às Redes Tecnológicas!”.

2 comentários:

Mara Chuairi disse...

Muito bom.
Me lembrou você mesmo falando sobre a música "o que será que será" do Chico e Milton.

Rafasoli disse...

o q será q será...