segunda-feira, 10 de novembro de 2008

As Redes e Os Partidos Políticos.

O que movimenta as redes na Internet é o interesse. Movidas pelos interesses, as pessoas entram nas comunidades, criam comunidades, Blogs, sites, etc. A natureza das redes, entretanto é diversa; elas se mantém e se alimentam graças à colaboração. Sem colaboração as tribos virtuais congelam. Muitas Centenas de milhares destas tribos foram criadas e estão mortas, sem movimento, sem participação, porque não conseguiram definir nenhum tipo de colaboração entre os seus participantes.

O Orkut é uma rede de colaboração com milhões, onde o interesse de se fazer conhecer é decisivo. Lá os internautas dizem o que são, ou que imaginam que são. Afirmam suas fantasias para seduzir os outros. Mostram momentos de suas vidas em fotos e vídeos. Ganham “amigos” e vão curtindo esta troca sem fim de relacionamentos. Lá alguns preferem ser “Fakes”, imagens intencionalmente falsas, para criticarem e ao mesmo tempo mostrarem o que pensam de coisas e comportamentos. Muitos fakes, milhares, alguns declaradamente fakes, outros de forma dissimulada e clandestina. E as comunidades se multiplicam, não param de crescer.

São muitos os espaços virtuais disponíveis na Internet. Permitem grupos, subgrupos, acompanhamento de projetos, desenvolvimento de produtos, grupos de pensamento, de discussão religiosa, filosófica, de Política, pedofilia, pornografia, enfim, todas as manifestações humanas encontrando formas de serem discutidas/vivenciadas via rede.

Novas contradições se estabelecem: interesses verso colaboração, privacidade verso publicização, mentiras verso notícias, a força das imagens e dos sons verso montagens fakes,(algumas muito bem feitas). Os vídeos da WebCam disponibilizados na rede estão acabando com o business da pornografia dos sites que cobram pelo serviço. São milhões de vídeos com pessoas de todas as idades e tipos mostrando tudo de graça. Aqui temos um contundente exemplo da chamada pós-modernidade “on line”.

Qual a Ética das redes? Alguma comunidade virtual poderá garantir que determinados compromissos éticos estão sendo observados? Claro que sempre existe uma ética quando humanos estão vivenciando grupos e tribos. Mas a rede não permite princípios à priori. Esses princípios vão se conformando na medida em que as comunidades se desenvolvem. Curiosamente, eles são fundamentais para a manutenção e o desenvolvimento das próprias comunidades, mas se formam lá nos conflitos e contradições que o virtual possibilita.

Porque são horizontais, apesar das ilusões dos coordenadores e fundadores, as comunidades virtuais têm comportamento diverso das estruturas verticalizadas do mundo real. Partidos Políticos em rede? Eh eh! Estas estruturas do século XVIII, fundadas no fragor da Revolução Industrial já eram quando se deparam com a Internet! Poderão continuar existindo durante mais cem anos, mas em cada momento dizendo menos para as novas gerações e suas tribos nas redes.

Agora mesmo, nos EEUU tivemos um movimento na Internet que começou derrotando a estrutura de Poder do Partido Democrata, indicando Barack Obama para presidente ao invés da candidatura mais certa e considerada para as eleições de 4 de novembro de 2008. Até o início de 2007 todo o mundo político dava como certa a candidatura de Hillary Clinton, e imaginava-se que sua eleição seria muito provável. Nem candidata foi e chegou a vez do Partido Republicano bater de frente com a Internet, perdendo sua longa hegemonia de Poder na maior nação do mundo contemporâneo.

E aqui mesmo nesta terrinha de Santa Cruz, a Internet não venceu uma coligação de doze velhos Partidos Políticos por muito pouco, exatamente 1,6% de diferença de votos na segunda maior cidade do país. Acima dos Partidos a candidatura de Fernando Gabeira mobilizou novas forças a partir da Internet.

Há alguns dias atrás, Gabeira fez um comentário que dá o que pensar: - “será que a realidade política brasileira se resume as contradições entre o PSDB e o PT?”

Efetivamente as redes já são Poder inclusive aqui no Brasil. A Internet e os celulares vão derrubar muitos projetos das velhas instituições para 2010. As tribos virtuais estão com a palavra desde agora.

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Duas Lideranças Comentam a Vitória de Obama

Dois bons comentários em cima da vitória de Barack Obama. Ambos ressaltam os aspectos positivos das eleições Norte Americanas, aproveitando para comentar a futura sucessão brasileira em 2010.



Trajetória da Esperança

Fernando Gabeira para Folha de São Paulo

RIO DE JANEIRO - A vitória de Obama é um manancial de interpretações. Muitos podem mergulhar nele e sair com sua verdade. Nos EUA, tudo é possível, dirão alguns maravilhados com a democracia norte-americana. Pela primeira vez um negro chega à Casa Branca, dirão os interessados em acompanhar a trajetória da luta racial.

Os mais modernos vão atribuir um grande peso à internet. Obama e sua equipe usaram o instrumento de forma competente. Mas é interessante observar alguns pontos: o simples fato de ser negro não define em si a vitória de Obama. Outros negros tentaram. A internet entregue a si mesma não faz nada; o domínio do instrumento não substitui a força do conteúdo.

Estou convencido de que a análise política de Obama foi um fator decisivo. Ele concluiu que um tempo estava se acabando, que as querelas dos anos 60 chegavam ao esgotamento. Viu o país dividido entre republicanos e democratas, assim como outros pequenos impasses que o debate nacional estimulava. Resolveu construir pontes.

Esta decisão, para mim, foi sábia. De que adiantam debates estéreis, em que se volta para casa com uma sensação de superioridade moral, mas nenhum avanço prático?

Uma realidade importante até para o Brasil: embora existam dois fortes partidos disputando o poder, grande parte da população não se identifica integralmente com eles. Nos EUA, são os independentes. O candidato fala para os independentes. É capaz de mobilizá-los? Entre eles estão 40 milhões de jovens, ávidos por proposta de esperança.

Ao longo de dois anos de campanha, foi possível colocar o país de pé, esperando, com orgulho, horas numa fila de votação.

No Brasil, com nossos métodos modernos, podemos suprimir as filas. Mas estamos em condições de injetar esperança menos de uma década depois da eleição de Lula?

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Obama e o Fim do “Eixo do Mal”



Milhares, talvez milhões de imagens de Obama na Internet; escolhi esta pela importância que a famosa telinha teve nas eleições norte americanas e principalmente na vitória de Barack Obama.

Sua primeira dura batalha foi contra Hillary Clinton nas primárias do Partido Democrata. Lá já se configurou a importância da Internet, principalmente no sistema de arrecadação entre as duas candidaturas. Hillary optou pelo processo tradicional de grandes contribuintes enquanto que Obama já havia iniciado seu sistema de aceitar doações populares e pequenas via Internet. Vejam que se tratava de uma luta envolvendo ineditismo em ambas as candidaturas: a primeira mulher contra o primeiro negro que postulavam a presidência dos Estados Unidos, mas a rede ficou com Obama.

Obama, entretanto, tinha tido seu momento “contra Severino Cavalcanti” numa atitude extremamente corajosa. O discurso feito às vésperas da invasão ao Iraque, quando a maioria das lideranças democratas embarcava no belicismo de Bush, mais uma vez com medo de ser prejudicada eleitoralmente com o rótulo de “suave com os terroristas”. Num momento em que mais de 70% da população americana apoiava a guerra, Obama expressou o ponto de vista dominante no resto do planeta: a guerra era imoral e injustificada.

Cabe aqui assinalar algumas iniciativas de Obama como parlamentar para desmascarar uma das últimas tentativas da mídia tradicional de que ele era um político inexperiente. A trajetória de Obama no Senado Federal revela um legislador cuidadoso e preocupado com a efetividade de seus projetos nas grandes questões da atualidade.

1) Lei que regulamenta o financiamento e os procedimentos para a eliminação de armas nucleares e convencionais;
2) Lei que especifica punições para fraudes eleitorais e intimidação de eleitores, problema crônico nos EUA, especialmente nas regiões pobres e negras;
3) Legislação que cria uma comissão para fiscalizar a ética no Congresso, com amplos atributos para investigar e punir subornos ou atividades ilegais de lobistas;
4) Lei que, pela primeira vez, dirigiu a atenção do Senado para a gripe aviária e balizou a pesquisa e formas de combate-la;
5) Lei que regulamentou os planos de saúde para veteranos de guerra, incluído o tratamento dos distúrbios pós-traumáticos;
6) Legislação que proíbe a FEMA (agência encarregada das emergências) de contratar empresas sem licitação, prática escandalosamente comum, de New Orleans a Bagdá;
7) Legislação que cria um banco de dados público, na internet, com os gastos do governo federal;
8) Lei – também elogiada por especialistas – que regulamenta os processos judiciais contra médicos e hospitais, sem tirar os direitos dos pacientes vítimas de abuso real;
9) Legislação que regulamenta os gastos de governantes com viagens;
10) Lei que limita severamente a atividade de lobistas no Congresso;
11) Lei que proíbe e regulamenta a punição por práticas enganosas nas eleições federais;
12) Legislação que aumenta a segurança nas atividades das indústrias químicas;
13) Lei que torna ilegal a venda de dados pessoais por companhias que elaboram o imposto de renda de terceiros;
14) Adendo intitulado “Iraq War De-Escalation Act”, que reduz o número de tropas e estabelece prazos para a saída dos americanos do Iraque.
(relação retirada do Blog http://politicanadaimparcial.blogspot.com/).

Assim começará a era de Barack Obama:
- Desmontando a rancorosa posição do Governo Bush de que há um “Eixo do Mal” e que contra ele o mundo deveria estar permanentemente mobilizado.
- Trabalhar politicamente pela desnuclearização dos armamentos militares no mundo
- O presidente dos Estados Unidos vai dialogar com adversários e inimigos, colocando em desuso a retórica do medo consagrada pelos Governos republicanos.

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Ah os Territórios!

Com a publicação dos índices de abstenção na maioria das cidades que foram ao segundo turno pelo Ex Blog do Prefeito César Maia, cai um primeiro mito construído pela mídia logo após os resultados das eleições aqui na Cidade do Rio de Janeiro.

Segundo Turno
Eleitorado / Abstenção / (% abstenção)

Belo Horizonte (MG) - 1.457.208 / 315.019 (21,6%)
São Luís (MA) - 636.914 / 135.555 (21,2%)
Anápolis (GO) - 217.127/ 45.994 (21,1%)
Rio de Janeiro (RJ) - 4.579.365 / 927.250 (20,2%)
Salvador (BA) - 1.747.278 / 344.805 (19,7%)
Belém (PA) - 961.232 / 188.849 (19,6%)
Cuiabá (MT) - 368.188 / 69.710 (18,9%)
Santo André (SP) - 533.428 / 100.338 (18,8%)
Petrópolis (RJ) - 231.821 / 43.270 (18,6%)
Bauru (SP) - 233.653 / 43.051 (18,4%)
São José do Rio Preto (SP) - 276.943 / 49.753 (17,9%)
Campos (RJ) - 322.839 / 57.521 (17,8%)
Florianópolis (SC) - 301.967 / 53.914 (17,8%)
Porto Alegre (RS) - 1.038.885 / 184.747 (17,7%)
São Paulo (SP) - 8.198.282 / 1.438.355 (17,5%)
Pelotas (RS) - 243.216 / 42.737 (17,5%)
Londrina (PR) - 341.908 / 58.236 (17,0%)
São Bernardo do Campo (SP) - 539.584 / 90.785 (16,8%)

Claro que a abstenção tem muito mais relação com o problema do voto obrigatório em nossa legislação do que na “genialidade” do Governador do Estado do Rio de Janeiro, antecipando o feriado.

Voltamos assim ao outro e provavelmente maior motivo da derrota de Fernando Gabeira no pleito de 26 de outubro; o poder dos Territórios. Acho que somente aqui neste Blog do velhinho o assunto vem sendo levantado. A mídia nacional tem pavor de considerar qualquer hipótese não provada que não seja de sua lavra.

Chegaremos lá: não é tão difícil levantar quais as seções eleitorais que se localizam nas áreas dominadas pelo tráfico e pelas milícias. Acredito que a Prefeitura tenha estes dados.
Depois a tarefa de comparação dos resultados nessas urnas será tão fácil como saber o Bicho que deu.

Tenham a certeza que foi nessas seções eleitorais que a diferença contra Gabeira se consolidou. Durante a campanha pude verificar, através de vários pequenos eventos que a Onda avançava por toda a cidade, batendo e voltando nos intransponíveis quebra-mares dos Territórios.

domingo, 2 de novembro de 2008

Mesmice e Mudança.

O bom artigo de hoje no Jornal do Commercio de Pernambuco do jornalista Alberto Dines merece uma lida:

“Change” – não se trata de slogan publicitário, invenção de marqueteiro, mote novo para velhas camisetas, modismo. O mundo quer mudar, precisa mudar, se permanecer como está, arrebenta.

E, desta vez, diferentemente dos grandes traumas históricos como a Revolução Francesa (1789) e a Primeira Guerra (1914-1918), o clamor pelas transformações é desarmado, pacífico. Civil e civilizado. Em vez de revoluções, contra-revoluções, quarteladas e guerras sangrentas (que trouxeram mais injustiças do que reparações) a arma da mudança está sendo exibida sem medo: o voto. Voto enérgico, convicto, individualizado, livre de fanatismo e truculência.

A sonhada era da mudança só se efetivará se conduzida através da democracia representativa. No grito ou no conchavo, através de golpes ou trambiques ficará tudo na mesma. Genuínas mutações serão possíveis desde que processadas dentro de sistemas onde possam ser livremente implementadas e questionadas.

Qualquer que seja o desfecho da eletrizante disputa eleitoral americana na próxima terça-feira – mundo civilizado está torcendo pela vitória de Barack Obama – evidencia-se que os EUA jamais serão os mesmos. Sarah Palin, a barbie convocada para ser vice do republicano John McCain, é uma caricatura feminina de George W. Bush que por sua vez é uma grosseira caricatura de Ronald Reagan. Uma superpotência não pode resignar-se à condição de álbum de charges.

Barack Obama não é apenas o primeiro candidato negro ou afro-americano com chances de ocupar a Casa Branca. Ele é o único líder político americano que teve a audácia de aposentar os ressentimentos e se assumir como pós-racial. Mais do que isso: pós-religioso, pós-ideológico e pós-nacionalista. Obama encarna a mudança – na biografia, na pessoa, no gesto, nas idéias. Será testado no colégio eleitoral americano, mas tem consciência de que a sua tutora é a opinião pública mundial.

A campanha eleitoral brasileira, embora em outro âmbito, prometia mudança e substância. Ficou na promessa. A surpreendente coligação belo-horizontina PT-PSDB não passou de jogada entre coronéis da nova geração, puro oportunismo, nenhuma fresta inovadora, nenhum contrapeso conceitual.

A grande surpresa – legítimo fenômeno político – foi o desempenho de Fernando Gabeira. Sua derrota por apenas 55 mil votos num eleitorado de cerca de três milhões e meio de votantes não é uma "vitória moral", é uma conquista concreta, inalienável.

Sozinho, com poucos recursos e quase sem suporte partidário, Gabeira enfrentou as máfias ligadas ao crime organizado, neutralizou o poderoso lóbi evangélico, atropelou a tropa de choque do MR-8 a serviço do PC do B e bateu a máquina dos governos municipal e estadual. Foi abatido pela singular abstenção (quase 972 mil ausentes, cerca de 21%), produzida pela antecipação do Dia do Servidor Público para a segunda-feira.

Sua bandeira: mudança. Seu mostruário: ele próprio. Uma postulação política superior, também pós-ideológica, uma coleção de propostas límpidas despojadas do abominável jargão tecnocrático, a honestidade de apresentar-se como gente, a maneira inteligente de tornar ostensiva a estultice dos rivais foi recompensada por este formidável retorno eleitoral.

Gerenciado da mesma forma transparente e determinada, este ativo político poderá transformá-lo no agente da grande virada que o Rio aguarda há quase meio século, desde que a capital foi despachada para o Planalto Central.

Embora não seja carioca da gema (nasceu em Juiz de Fora), Gabeira representa a quintessência da sofisticação do Rio. Sem ela, a Cidade Maravilhosa continuará como terra-de-ninguém ou, na melhor das hipóteses, linda trincheira na guerra entre milícias, gangues e polícia.

Uma mudança real em Washington mudará o mundo. A continuada pressão por mudanças no Rio poderá injetar esperanças num cenário desbotado, onde impera a mesmice e o dèjá-vu, interminável festival de reprises.



sábado, 1 de novembro de 2008

Uma Feliz Coligação



O PV, o PSDB e o PPS acertaram e formalizaram uma coligação em 18 de fevereiro de 2008 para levar à cidade do Rio de Janeiro a candidatura de Fernando Gabeira. O PPS procurou o PSDB em dezembro de 2007 para iniciar os movimentos, prospecções da viabilidade de uma candidatura que defendesse a Democracia ea República e ao mesmo tempo, fosse um projeto de recuperação da cidade em busca de seu futuro. O nome de Gabeira surgiu imediatamente e demos partida para esta jornada.

Já na sua primeira declaração na reunião em que aceitou ser o Candidato da Coligação, Gabeira definiu os pontos dos quais não abriria mão, e que foram aceitos na íntegra pelos três partidos:
Primeiro: a campanha deveria ser limpa em todos os sentidos. Sem faixas nem galhardetes pendurados em postes, sem panfletos nem outras velharias que poluem a paisagem urbana. E sem ataques pessoais, truques eleitoreiros e outras espertezas que poluem a paisagem eleitoral.

Segundo: o programa do candidato passaria ao largo de questões nacionais para se restringir a propostas e idéias vinculadas aos problemas da cidade.

Terceiro: tanto as quantias arrecadadas quanto os gastos de campanha seriam divulgados diariamente pela internet, com a especificação da origem e do destino do dinheiro.

Quarto: se chegasse ao segundo turno, a coligação não negociaria alianças nem adesões.

Quinto: alcançada a vitória, a montagem do secretariado não obedeceria a imposições partidárias ou conveniências políticas. Em vez do indecoroso loteamento de cargos, o prefeito usaria o critério do mérito para a montagem do primeiro escalão: seriam secretários municipais os melhores e mais brilhantes.

E assim construímos uma campanha que recolocou a Política na cidade do Rio de Janeiro, que vinha sendo impedida de exercê-la desde os tempos da Ditadura Militar. Perdemos o pleito por muito pouco, 1,60% dos votos válidos. Foi uma luta democrática renhida e muito difícil, porque contra todas as máquinas do velho modo de governar e de fazer poder.

Conquistamos, sem dúvida a adesão da cidade, porque convocamos a cidadania para vir conosco na busca do futuro. A Onda se espalhou rapidamente por todos os bairros do Rio de Janeiro. Sendo infelizmente barrada nos chamados territórios, aqueles espaços onde a vida da cidade foi impedida pelo controle do tráfico de drogas e as milícias paramilitares. Mas a partir de agora todos os podres poderes tremem quando escutam os rumores da Onda.