sábado, 1 de novembro de 2008

Uma Feliz Coligação



O PV, o PSDB e o PPS acertaram e formalizaram uma coligação em 18 de fevereiro de 2008 para levar à cidade do Rio de Janeiro a candidatura de Fernando Gabeira. O PPS procurou o PSDB em dezembro de 2007 para iniciar os movimentos, prospecções da viabilidade de uma candidatura que defendesse a Democracia ea República e ao mesmo tempo, fosse um projeto de recuperação da cidade em busca de seu futuro. O nome de Gabeira surgiu imediatamente e demos partida para esta jornada.

Já na sua primeira declaração na reunião em que aceitou ser o Candidato da Coligação, Gabeira definiu os pontos dos quais não abriria mão, e que foram aceitos na íntegra pelos três partidos:
Primeiro: a campanha deveria ser limpa em todos os sentidos. Sem faixas nem galhardetes pendurados em postes, sem panfletos nem outras velharias que poluem a paisagem urbana. E sem ataques pessoais, truques eleitoreiros e outras espertezas que poluem a paisagem eleitoral.

Segundo: o programa do candidato passaria ao largo de questões nacionais para se restringir a propostas e idéias vinculadas aos problemas da cidade.

Terceiro: tanto as quantias arrecadadas quanto os gastos de campanha seriam divulgados diariamente pela internet, com a especificação da origem e do destino do dinheiro.

Quarto: se chegasse ao segundo turno, a coligação não negociaria alianças nem adesões.

Quinto: alcançada a vitória, a montagem do secretariado não obedeceria a imposições partidárias ou conveniências políticas. Em vez do indecoroso loteamento de cargos, o prefeito usaria o critério do mérito para a montagem do primeiro escalão: seriam secretários municipais os melhores e mais brilhantes.

E assim construímos uma campanha que recolocou a Política na cidade do Rio de Janeiro, que vinha sendo impedida de exercê-la desde os tempos da Ditadura Militar. Perdemos o pleito por muito pouco, 1,60% dos votos válidos. Foi uma luta democrática renhida e muito difícil, porque contra todas as máquinas do velho modo de governar e de fazer poder.

Conquistamos, sem dúvida a adesão da cidade, porque convocamos a cidadania para vir conosco na busca do futuro. A Onda se espalhou rapidamente por todos os bairros do Rio de Janeiro. Sendo infelizmente barrada nos chamados territórios, aqueles espaços onde a vida da cidade foi impedida pelo controle do tráfico de drogas e as milícias paramilitares. Mas a partir de agora todos os podres poderes tremem quando escutam os rumores da Onda.

Um comentário:

Mara Chuairi disse...

Bom candidato. Boa campanha.
Tão boa que obrigou os adversários a se valerem de todos os métodos para ganhar. Eles foram obrigados a usar o lado negro da força, senão não levariam.
Estamos aqui. E sabemos que o lado negro da força não ganha.