segunda-feira, 28 de julho de 2008

O Rio de Janeiro e os Territórios.

O tema está quente na mídia em geral. Em seu Ex-Blog de hoje, César Maia aborda o assunto. Entretanto, falta alguma coisa neste grave problema brasileiro, que aparece com muita força em nossa cidade. Vamos a alguns fatos que todos nós já vivenciamos, mas nem sempre juntamos ao que vem sendo noticiado.

A frente do Edifício Central é um território; na calçada os vendedores de software pirata, na rua só param os táxis que dão propina ao policiamento, caso contrário, são multados. Os pontos de VANS na Av. Graça Aranha, principalmente ao fim da tarde. A bandalha dos taxistas na Estação Rodoviária, e nos dois aeroportos da cidade. Pontos de exploração comercial em toda a cidade por vendedores ambulantes, onde eles guardam suas mercadorias? E as vagas de estacionamento no Centro da Cidade e em toda a Orla marítima? O chamado Poder Público é conivente com a transgressão, porque aceita ganhar dinheiro através de facilidades aos que sabem negociar com a representação do Estado. Isto vale para as autoridades federais estaduais e municipais.

Claro que o território nas áreas carentes e nas favelas aparece com sua vertente mais trágica. Lá o impedimento do ir e vir, até mesmo de viver tem sempre uma arma apontada para as pessoas simples que as habitam.

Não tenhamos dúvidas, todos estes negócios, sejam da gravidade do tráfico ou do espaço “alugado” numa esquina, eles nunca se resolvem pelo Contrato. Sempre são decididos pela violência, muitas vezes já o foram pela morte do mais fraco.

Tudo reflexo de um poder público que se afirma na permanente oferta de favores consolidando uma sociedade de clientela doente e contra a Democracia. Tudo acobertado por este Governo do PT com um Presidente que adora dizer que não sabia, e que chegou aonde chegou fazendo uso deste clientelismo junto aos Sindicatos com boas arrecadações. Muita corrupção desde a primeira Prefeitura até a atual farra no Poder Central.

2 comentários:

Mara Chuairi disse...

É igual, mas não é igual.
Os "donos" dos territórios hoje se dão poder de Estado, de polícia.
É como se eles tivessem o poder legal de impedir os outros pelas armas, coisa que só o estado deveria poder fazer (e, mesmo assim, a gente sempre reclamou).

Rafasoli disse...

bom tema, acho q deveria pensar em falar com a luica hipolito.