quarta-feira, 8 de outubro de 2008

A Onda e os Podres Poderes

Maravilha a mobilização dos cariocas no primeiro turno das eleições. A ida às urnas tinha o sorriso carioca que se confirmava em gritos de Gabeira nas calçadas, praças e restaurantes. O povo da cidade grita e vota querendo um Rio em direção ao seu futuro.

Impressionante a reação conservadora. Campanha contra em seus jornais nos primeiros minutos da campanha para o segundo turno. “O Globo” e o jornal “Extra” queimando sua própria reputação para defender a candidatura da mesmice com fotos perversas.

Um descalabro a declaração da Diretora Executiva do IBOPE acusando a Folha de ter criado a Onda Gabeira com pesquisa que segundo ela eram falsas, eh, eh.

O IBOPE já é no imaginário popular uma grande armação para manipular eleições. E agora vem sua diretora executiva afirmando que as pesquisa modificam opiniões e influenciam nos resultados. O que é isso companheiro?

Nada vai mudar o cinismo desta gente. Esperemos a primeira pesquisa do segundo turno e iremos ter coisas do tipo: primeira semana: Ibope diz que Paes tem 44% e Gabeira 29%. Ainda deverá vir uma segunda pesquisa tipo: Paes cresce no Rio: agora Paes tem 47% e Gabeira 30%. Como sempre fazem, se não colar, irão corrigir na última e na famosa e famigerada pesquisa de boca de urna. Desta vez, só não terão coragem de colocar a “hipopótoma” figura de Montenegro como comentarista dos resultados; seria demais e os Marinhos têm juízo.

Não irá adiantar, a Onda Gabeira afogará os bolorentos podres poderes.

5 comentários:

Comba Marques Porto disse...

O bom resultado das urnas indica um fenômeno muito interessante. Algo capaz de suplantar a manipulação dos fraudadores da democracia: o povo acolheu e escolheu Gabeira, sem que Gabeira tenha se utilizado dos tradicionais truques políticos para iludir o povo.

Os que desde o dia seguinte da eleição vêm tentando esvaziar a força da vitória de Gabeira, assim o fazem porque pressentem que podem dar com os burros n'água.

Deve ser duro para quem monta articulações sinistras e, em tese, indestrutíveis, engolir uma vitória tão cheia de significados.

Deve ser duro ver cair por terra o tabu de que um candidato com o perfil de Gabeira não chega ao povo.

Se o povo chegou junto, fazendo a onda crecer, não haverá imagem, nem chororô de técnico de pesquisa a reverter tal tendência.

Os velnhinhos cariocas de hoje, sejam de Copacabana, sejam do Piscinão, não mais se chocam com sunguinhas. Há coisas mais graves, mais chocantes, como falta de saúde pública, que ocupam a preocupação do povo.

A boa "onda" que levou Gabeira ao segundo turno é a prova de que o povo vê em Gabeira uma esperança de enfrentamento dos nossos problemas.

A "onda" talvez seja o sinal verde do povo carioca à recuperação de seu poder crítico, de sua modernidade, de sua sagacidade, de sua alegria.

E se a "onda" é autêntica, genuinamente carioca, não haverá manobra que a derrube.

O encontro de Gabeira com o povo é o encontro do Rio com sua verdadeira tradição.

Vamos vencer a eleição!

Mara Chuairi disse...

O IBOPE está errando muito além da margem de erro. Em vez de pesquisa está empenhado em produzir resultados.
Dá-lhe Gabeira.
Mostra prá eles que é possível ganhar das máquinas, inclusive da máquina IBOPE.

Bruno Chuairi disse...

Oi que a coisa está boa. Taí um momento em que gostaria de participar. Depois de tantos anos (toda minha vida politicamente ativa),temos a oportunidade de acreditar na política de novo (por mais que veja em Gabeira apenas um homem correto e com boas idéias e não um plano profundo de governo).

Só me fica uma dúvida sobre o apoio aberto do prefeito (no ex-blog) a este candidato:

1) A balança psicológica/memória juntará os dois no círculo negativo da prefeitura?
2) Passará em branco, sem mudanças para ambos os lados (Prefeitura e candidato)? ou
3) Alçará Cesar à crista da onda de Gabeira?

Independente do que passe, o único que não perde é o prefeito.

Bueno, boa sorte a nós mesmos.

Bruno Chuairi disse...

Para complementar (do blog do Caetano):
"GABEIRA GABEIRA GABEIRA GABEIRA GABEIRA GABEIRA. Vamos redobrar o entusiasmo e deixar a onda crescer. Gabeira é uma onda boa. O Rio está tendo coragem de olhar para si mesmo. Acho que estamos bem com Paes e Gabeira para escolher. Não tenho nada contra Paes. Mas Gabeira é muito mais coerente. Desprezemos a mão pesada da grande imprensa em sua tentativa de sufocar a força espontânea que a candidatura de Gabeira desencadeou. Tudo o que ele fez de admirável - respeito aos concorrentes, limpeza na campanha de rua, desprezo pelos “santinhos” - vai ganhar cada vez mais significado. Gabeira se eleger prefeito do Rio é algo bom em si mesmo. Comecemos a pensar em ajudá-lo a governar. E que esse nosso pensamento chegue ao governo do estado e ao planalto. Essa raiva de Dirceu é patética. E a de Vladimir (de quem sempre gosto mais) é apenas para uso de campanha. Depois todos terão de conviver com a retidão e a sensatez que Gabeira nunca abandonou e que há de manter quando for prefeito"

Comba Marques Porto disse...

A campanha segue em bom rumo. O Gabeira esteve ótimo no debate de O Globo, ontem.

A questão das alianças traz, sim, preocupações, Bruninho. Mas o Gabeira está se colocando muito bem frente a isto. Veja, ele não foi em busca do DEM. O Prefeito em exercício, vinculado ao DEM, é que lhe deu apoio. É diferente. É inimaginável um candidato negar formalmente o apoio de quem quer que seja.

Interessante é que a campanha do Gabeira nos leva a refletir sobre a política em seu aspecto mais conceitual e não só pontual, eleitoral propriamente dito.

Em verdade, o Gabeira nos sugere repensar as estruturas políticas. A democracia anda mal das pernas, não só no Brasil como em todo o mundo. É notória a crise de articulação da sociedade civil. Não há movimentos sociais ativos e é gritante o esvaziamento dos partidos, dos sindicatos, das associações de classe, de moradores, das entidades em geral. O momento eleitoral traz em si este inevitável pano de fundo. Isto é um dado da realidade que se soma à perda de credibilidade dos políticos e da crise do sistema de representatividade do Parlamento.

Então, quando o Gabeira, no 2º turno, relativiza o poder das "letrinhas", das siglas partidárias, ele está exatamente buscando um forma de ação política possível nesta realidade de enfraquecimento das organizações da sociedade civil. Não é que esteja desprezando os partidos. Nem que esteja repetindo soluções populistas tão simploriamente adotadas pelos "caciques", inclusive os que hoje se envolvem em bandeiras vermelhas. O Gabeira está atuando de forma supra-partidária.

Há muitos anos, o movimento de mulheres no Rio de Janeiro atuou assim, em experiências de ação supra-partidária, única maneira de não naufragar nas divisões alimentadas pelos restritos interesses partidários. Só andamos para frente e chegamos a uma significativa conquista na Constituinte porque soubemos agir de forma supra-partidária. Foi uma experiência politica inovadora de bons resultados para todas as mulheres brasileiras.

O fato é que é preciso repensar a política. Repensar a estrutura do Estado. E é muito interessante que uma campanha para Prefeito nos leve a refletir sobre questões sociais mais profundas. Isto é o novo com que o Gabeira nos acena.

Eu me animo com o que está acontecendo e fico convencida de que o melhor Prefeito é justamente o que enxerga mais longe, somado ao fato de ser o Gabeira uma pessoa correta e credenciada a resolver com bom senso os problemas da cidade, movido sempre pelos princípios gerais da cidadania e do Estado Democrático de Direito declarado na nossa Constituição.

Os postes de luz, o saneamento, a saúde, a educação, tudo isto é questão de cidadania. E só quem tem olhar para os princípios gerais de cidadania pode cuidar bem dos interesses da cidade, dos mais simples aos mais complexos.

Este olhar para a questão de fundo me parece até mais importante do que as propostas sobre como governar. É falso que alguém tenha respostas prontas para todos os problemas de uma cidade como o Rio. O Gabeira saberá enfrentá-los, trilhando, talvez, um caminho de recuperação do poder político da sociedade civil.

Precisamos vencer as eleições!

Saudações ao Velhinho e seus amigos.

Comba