quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Orçamentos, estes obscuros objetos da informação.

Na edição de ontem do Jornal O Globo havia uma matéria na página onze onde eram assinaladas as dificuldades para se achar as informações de despesas e receitas realizadas pelos órgãos públicos brasileiros. Falava-se em confusões, termos estranhos e dados incompletos. A matéria é verossímil e traduz a dificuldade que temos quando, por exemplo, queremos saber quanto foi gasto em educação num Município qualquer do Estado do Rio de Janeiro; (muito pior se quisermos saber quanto foi gasto em publicidade num determinado período). Os orçamentos brasileiros são caixas pretas com termos e dados incompreensíveis para ampla maioria dos brasileiros, e muito mal disponibilizados na Internet.
Acontece que só é segredo se não estiver na rede!
Claro que o Google revolucionou completamente a informação dentro da Internet. Seus robozinhos de busca acham qualquer informação na rede. E pronto; colocou num site vai ser encontrado se alguém fizer a busca.
Os gestores públicos brasileiros, a maioria por desconhecimento, se deixa levar pelos seus departamentos de TI. Os “informonautas” que trabalham nestes departamentos sempre querem desenvolver um sistema proprietário capaz de gerir as informações no site da instituição e então disponibilizar os dados. Em cento e um por cento dos casos, esses profissionais estão sempre declarando que o tal sistema está noventa e nove por cento pronto, mas que ainda existem alguns gargalos com a contabilidade, com auditorias, etc. e jamais aprontam o tal sistema, eh eh.
Não sabem ou fingem não saber que basta uma simples planilha Excel, um pequeno Banco de Dados, ou até mesmo um Documento em formato texto indicando o que está sendo feito, para que qualquer simples mortal entre no Google e ache o que está sendo executado.
Os já míticos dois garotos do Google fizeram a Revolução dentro da Revolução e é isto que devemos apreender e saber usar em defesa da tão decantada transparência no serviço público em nosso país.

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